Povo guarani. bacharel em ciências sociais, professor de história e sociologia da rede estadual de são Paulo e coautor do livro “a criação do mundo e outrasbelas histórias indígenas”, formato/saraiva, 2011.colaborador do subnúcleopsicologia e povos indígenas do crp sp.
Dia 19 de abril é dia da Psicologia refletir sobre as 305 etnias, os vinte povos isolados na Amazônia brasileira, as 274 línguas. É dia de recapitular o massacre ocorrido nestes últimos 516 anos de invasão pela esquadra europeia.
É dia de refletir profundamente sobre o sofrimento causado pelo colonialismo, por teorias evolucionistas, racistas, discriminatórias e preconceituosas justificadas por grande parte da ciência.
É dia de pensar sobre a invasão ideológica, do estupro de crianças e mulheres indígenas em diversas regiões do Brasil, com mortes e assassinatos de muitas lideranças indígenas vitimadas pela ocupação desenfreada de seus territórios pelo agronegócio e multinacionais.
De refletir sobre o direito indígena, sobre os artigos constitucionais 231 e 232, que estão fora de moda nas demarcações de terras em andamento. De refletir sobre as diversas comunidades que vivem nas cidades grandes, vitimadas pelo descaso e crescimento populacional que bate à porta de diversas aldeias em todo Brasil.
É dia de lembrar que populações indígenas se deslocaram para as cidades grandes (índios em contexto urbano) ocasionadas pela migração forçada, expulsão de seus territórios tradicionais e violação de direitos em diversas partes do país.
O dia do índio é dia de voltar ao México em 1940, quando foi realizado o Congresso Indigenista Interamericano que contou com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América. É dia de lembrar que várias lideranças indígenas do continente denunciaram vários abusos, massacres, perseguições e atrocidades em toda América.
No Brasil, o dia 19 de abril foi criado em 1943 e desde lá muitos outros grupos continuaram sendo atacados pelo processo político, cultural, social e econômico que transformou territórios indígenas em áreas não indígenas. É dia da(o) Psicóloga(o) refletir se corre em suas veias sangue indígena e questionar suas futuras práticas frente o sofrimento, luta e golpes sofridos pelos povos e comunidades indígenas em todo Brasil.
É dia de pensar sobre a formação e troca de saberes entre a Psicologia e Povos Indígenas, na diversidade brasileira, nas culturas de vários povos, na sua religião, sua arte, sua linguagem, seu conhecimento ancestral, sua organização social e política, sua literatura, conhecimento milenar e, sobretudo, seu bem viver.
Baixe os livros organizados pelo conselho de Psicologia sob a coordenação do Subnúcleo Psicologia e povos Indígenas.
Psicologia e povos indigenas - A procura do bem viver
Psicologia e Povos Indigenas
Baixe os livros organizados pelo conselho de Psicologia sob a coordenação do Subnúcleo Psicologia e povos Indígenas.
Psicologia e povos indigenas - A procura do bem viver
Psicologia e Povos Indigenas